O equalizador é um dispositivo que atua diretamente nas frequências, ou como explicado em outro artigo, altura do som, dessa forma, podemos utilizá-lo para corrigir determinadas regiões do áudio ou ressaltá-las. Encontramos em periféricos, mesas de som e até mesmo virtualmente (plugin).
O ser humano tem um campo auditivo que compreende de 20 Hz até 20KHz (abreviação para 20 mil), porém nem tudo que ouvimos atinge todo esse espectro, exceto quando ouvimos propositalmente, por exemplo, o ruído rosa que reúne todas as frequências e por isso é muito utilizado para alinhar sistemas de som.
Isso significa que quando ouvimos uma voz, existem muitas frequências que não participam da definição dessa fonte sonora e que podem significar “sujeira”. Imagine que você está gravando em um ambiente com ar condicionado ligado, talvez você ainda não tenha reparado, mas ele emite um ruído grave proveniente do motor. Com o equalizador e seus respectivos filtros, podemos reduzir a incidência de vazamento de sons que não nos interessam. Podemos também fazer correções nas regiões de atuação da fonte sonora em frequências que estejam sobrando. Isso é muito utilizado para evitar, por exemplo, microfonias em som ao vivo ou simplesmente tornar o que estamos ouvindo mais agradável. Esse tipo de equalização pode ser chamada de equalização subtrativa ou corretiva e é umas das técnicas mais utilizadas e recomendadas no mercado profissional. Antes de você ressaltar qualquer frequência, que tal retirar o excesso de tudo aquilo que pode estar atrapalhando a definição do seu som? Talvez com isso, consequentemente, a frequência que você iria ressaltar já se destaque em função do equilíbrio obtido.
Se mesmo asim você quiser ressaltar uma frequência podemos fazer uma equalização chamada de aditiva e esse processo é feito principalmente para buscar timbre. Vamos pensar que você gravou um violão e sente falta daquele “brilho”, com o equalizador você pode, por exemplo, aplicar ganho numa região de 4K e tornar o som muito mais definido.
Podemos categorizar os equalizadores dessa forma:
Paramétrico Neste equalizador pode-se escolher a freqüência central a ser manipulada, a largura de banda (Q-bandwidth = quantidade de freqüências que se altera junto com a freqüência central) e a amplitude desta banda (ganho/atenuação).
Semi-paramétrico - Neste equalizador a largura de banda, fator “Q”, é fixa.
Não Paramétrico - Esses equalizadores podem ser encontrados na maioria das mesas de som de baixo custo e tecnologia. Possui filtros, frequências e largura de banda pré definidas.
Equalizador Gráfico - As freqüências são fixas, assim como a largura de banda (normalmente 1/3 de oitava). É muito utilizado para alinhamento de sistema de som ao vivo.
Em relação aos filtros que encontramos em alguns equalizadores, podemos categorizar dessa forma:
Bandpass - Conhecido também como “passa banda”, ajusta uma banda de frequências. É utilizado para fazer ajustes pontuais em uma determinada região do áudio.
Low Shelving - Leva junto todas as frequências abaixo da escolhida. É bastante utilizado quando o resultado que se pretende vai além de uma frequência ou região específica e pretende-se ressaltar ou atenuar todos os graves proporcionalmente.
High Shelving - Leva junto todas as frequências abaixo da escolhida. É bastante utilizado quando o resultado que se pretende vai além de uma frequência ou região específica e pretende-se ressaltar ou atenuar todos os agudos proporcionalmente.
Low Pass Filter (LPF) - Passa Baixas. Elimina todas as frequências acima da escolhida. Pode ser chamado também de “High-cut” ou corte de agudos. É bastante utilizado para limpar o áudio.
High Pass Filter (HPF) - Passa Altas. Elimina todas as frequências abaixo da escolhida. Pode ser chamado também de “Low-cut” ou corte de graves. É bastante utilizado para limpar o áudio.