O cinema brasileiro já passou por diversas fases. Entre momentos de glória e situações de extrema dificuldade, obras memoráveis foram realizadas pelos profissionais da sétima arte no País. Alguns desses artistas deram grandes contribuições para a cultura cinematográfica nacional e internacional e escreveram seus nomes no rol de cineastas brasileiros de sucesso.
Conhecer o trabalho desses talentos é fundamental para estudantes e profissionais do cinema. Por isso, preparamos uma lista com alguns dos maiores cineastas do Brasil. Confira e aprenda com quem realmente entende do assunto!
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Conhecer o cursoGlauber Rocha
Considerado por muitos o maior cineasta brasileiro da história, o baiano Glauber Rocha foi o nome mais importante do Cinema Novo. Trata-se de um movimento surgido na década de 1960 que tinha como proposta romper com as fórmulas do cinema comercial americano e criar um produto legitimamente brasileiro, mostrando na tela diversos aspectos de nossa cultura.
Seu primeiro filme foi Barravento, de 1962, mas foi dois anos depois que Glauber obteve o reconhecimento internacional, com Deus e o Diabo na Terra do Sol, seguido por Terra em Transe.
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, lançado em 1968, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes e escreveu um capítulo inesquecível na história do nosso cinema.
Com nove longas e oito curta-metragens em sua carreira, Glauber Rocha é admirado por grandes cineastas, como o americano Martin Scorsese e o icônico diretor francês Jean-Luc Godard. Inclusive, atuou em um filme deste último, Vento do Leste, de 1970.
Rocha faleceu em 1981, aos 42 anos de idade.
Anna Muylaert
Nascida em São Paulo, no ano de 1964, Anna Muylaert trabalhou como roteirista em diversas produções para cinema e televisão antes de iniciar sua carreira como diretora em 2002 com o drama Durval Discos.
Mas foi em 2015, com Que Horas Ela Volta?, que Muylaert colocou definitivamente seu nome ao lado de outras grandes mulheres da história do cinema. O longa obteve prêmios em importantes festivais pelo mundo, entre eles Sundance e Festival de Berlim.
Anna Muylaert tem no currículo cinco longas e vários curtas, e sua carreira segue a todo vapor! Seu último lançamento foi Mãe Só Há Uma, longa-metragem de 2016.
Hector Babenco
Argentino naturalizado brasileiro, Hector Babenco era dono de um estilo sólido e versátil, capaz de dialogar com vários tipos de público.
Suas principais obras são Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977), Pixote - A Lei do Mais Fraco (1980) e O Beijo da Mulher-Aranha (1984), indicado a quatro categorias no Oscar de 1986 e elenco formado por atores renomados como Sônia Braga, Raúl Juliá e William Hurt.
Dirigiu também Carandiru, de 2003, filme baseado no livro do médico Dráuzio Varella, vencedor de vários prêmios internacionais e indicado à Palma de Ouro.
Babenco faleceu em 2016, aos 70 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.
José Padilha
José Padilha é o diretor brasileiro de maior prestígio internacional na atualidade. Carioca, estudou Economia, Literatura e Política Internacional em Oxford, Inglaterra. Estreou como diretor de cinema em 2002, com o documentário Ônibus 174.
A virada em sua carreira aconteceu em 2007, com Tropa de Elite, seu primeiro longa de ficção. O filme, cujo tema causou grande debate nacional, recebeu o prêmio Urso de Ouro no Festival de Berlim 2008. Sua sequência, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro (2010) é um dos filmes de maior público na história do cinema brasileiro.
Padilha assina ainda produções como Paraísos Artificiais, a série de sucesso Narcos e Robocop, filme que marca sua estreia em Hollywood.
Fernando Meirelles
Diretor e roteirista, Fernando Meirelles estudou Arquitetura e se envolveu desde cedo com a produção audiovisual, tendo fundado uma produtora nos anos 1980 com amigos da faculdade.
Trabalhou em projetos experimentais e vídeos para televisão até fazer sua estreia no cinema, em 1998, dirigindo O Menino Maluquinho 2 e, logo em seguida, o popular Domésticas.
O passo seguinte em sua carreira trouxe também seu maior sucesso: o internacionalmente consagrado Cidade de Deus, indicado a quatro categorias no Oscar 2004 e vencedor de diversas categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2003.
O filme ficou reconhecido como um dos melhores da história do nosso cinema em virtude da sua qualidade técnica e senso estético apurado.
Meirelles assina ainda obras como O Jardineiro Fiel, Ensaio Sobre a Cegueira, 360 e um dos segmentos do filme Rio, Eu te Amo. Chefiou também a equipe responsável pela grandiosa cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2016, transmitida para o mundo inteiro.
Walter Salles
Formado em Economia e Comunicação Audiovisual, Walter Salles iniciou sua vitoriosa carreira de diretor em 1985 com a série Japão, Uma Viagem no Tempo. Trabalhou em documentários e produções de pequeno porte até lançar, no ano de 1995, Terra Estrangeira, seu primeiro filme relevante.
Em 1998 lançou Central do Brasil, sucesso de público e crítica em uma década na qual o cinema brasileiro passava por sérios problemas. O filme franco-brasileiro recebeu duas indicações ao Oscar, além de ter levado para casa um Globo de Ouro na categoria melhor filme estrangeiro e um Bafta, entre muitos outros prêmios.
De lá para cá, Walter Salles vem alternando entre produções nacionais, como Abril Despedaçado e Linha de Passe, e internacionais, como Diários de Motocicleta, Água Negra e On The Road.
Daniel Rezende
Daniel Rezende nasceu em 1975 na cidade de São Paulo e deu os primeiros passos de sua carreira trabalhando como editor e diretor em filmes publicitários e videoclipes. Logo passou a emprestar seu talento para o cinema, tendo trabalhado na edição de filmes de grandes diretores.
Seu trabalho no aclamado Cidade de Deus lhe rendeu um prêmio Bafta e uma indicação ao Oscar de Melhor Edição em 2004, levando seu nome a atingir enorme reconhecimento e prestígio mundial.
Na sequência, trabalhou em produções como Diários de Motocicleta, O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias, Tropa de Elite, Ensaio Sobre a Cegueira e A Árvore da Vida.
O seu lançamento de 2017, Bingo: O Rei da Manhãs, concorreu uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Concluindo
Conhecer a trajetória de grandes nomes do cinema brasileiro pode dar motivação extra para aqueles que estão no início de sua jornada no audiovisual. Saber que é possível realizar bons trabalhos e conseguir reconhecimento por eles é um estímulo de importância incalculável para aqueles que sonham em vencer nessa carreira.
Portanto, veja muitos filmes e conheça os trabalhos de cineastas brasileiros de sucesso. A arte e a cultura nacional agradecem e você só tem a ganhar ao constatar a qualidade das obras dos maiores profissionais de cinema do nosso país. Você, definitivamente, não vai se arrepender!
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