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Áudio e Vídeo

Qual é o formato de arquivo de áudio ideal para você?

há 5 anos 4 meses

Quando você faz uso de vários arquivos de áudio na edição do seu vídeo, tipo música ou ainda efeitos sonoros, será que o tipo de arquivo de áudio realmente faz a diferença? (Spoiler: faz).

Mas a questão aqui é por quê tem tantos formatos disponíveis para áudio? E qual é a proposta de cada um deles? Então, vamos analisar a questão com calma e tentar entender qual deles é o melhor para editar seu vídeo.

Formatos de arquivo de áudio

Pra ajudar a gente a entender os diferentes tipos de arquivo de áudio, nós podemos colocar eles em três grupos principais. Cada grupo tem uma lista de formatos de arquivo de áudio que normalmente é associado a ele. E os grupos são:

  • Formatos de arquivo sem compressão: .WAV, .AIFF
  • Formatos de arquivo comprimidos sem perda de dados: .FLAC, .ALAC (Apple Lossless)
  • Formatos de arquivo comprimidos com perda de dados: .MP3, .AAC, .WMA, .OGG

Vamos passar por alguns dos detalhes de cada um dos formatos, levantando os prós e contras deles.

Sem compressão

Dá pra fazer um paralelo de arquivos sem compressão como se eles fossem o arquivo .raw dentro do mundo do vídeo e da fotografia. Basicamente, você capta as informações de áudio sem que elas estejam comprimidas: isso permite que você trabalhe com uma ampla faixa de bit depth e sample rate.

Com esse tipo de formato você obtém resultados que têm qualidade de áudio superior e que cobrem toda a frequência que um ser humano pode ouvir.

Uma observação importante: o bit depth da gravação de áudio original e a sample rate em também desempenham um papel importante nessa equação de manter a qualidade do áudio. Arquivos de áudio comprimidos quando são convertidos em formatos de áudio sem compressão não recuperam magicamente nenhuma qualidade de áudio.

Arquivos sem compressão são normalmente mais fáceis de trabalhar em termos de edição de áudio e vídeo porque eles precisam de menos tempo de processamento para serem reproduzidos. E uma vez que os arquivos sem compressão tem mais informação disponível, você vai ter efeitos melhores realizados na pós-produção.

Porém, a desvantagem mais comum em arquivos sem compressão é o tamanho que cada um deles têm: que é normalmente algo entre 25-40 MB para uma música ou trilha de tempo “médio”. Claro que com serviços como o Google Drive ou Dropbox o problema fica um pouco menor — principalmente quando você estabelece um comparativo com o cenário audiovisual há uns 10 anos atrás.

Entretanto, na maior parte dos casos, arquivos de áudio sem compressão ainda são muito grandes para serem enviados com maior facilidade — por exemplo, anexados a um e-mail. E mais, alguns aparelhos ainda não se dão bem com esse tipo de formato, o que impede a reprodução do arquivo —ainda que muitos celulares ou outros tocadores de música já aceitem arquivos sem compressão.

  • Prós: Sem compressão, sem perda de dados, frequência de áudio completa, mais fácil de trabalhar na pós-produção.
  • Contras: Arquivos grandes em tamanho e alguns dispositivos não rodam esse tipo de formato.

Compressão sem perdas

O nome “comprimido sem perdas” pode parecer meio contraditório mas, nesse caso, a compressão não ocorre de uma forma que ela faz com que a qualidade de áudio sofra algum prejuízo.

Funciona de maneira próxima a “zipar” um arquivo: você tem as mesmas informações do arquivo maior reorganizadas de maneria que elas possam gerar um arquivo menor, que ainda que tenha sofrido alterações não perde em qualidade. Esse grupo parece o melhor de dois mundos, não é?

Arquivos de áudio comprimidos sem perda podem ter metade ou 1/3 do tamanho de um arquivo sem compressão — às vezes até menor que isso.

As desvantagens de arquivos comprimidos sem perdas são que eles são os que tem menor suporte em termos de quais aparelhos leem esse tipo de arquivo e de reprodução — já que precisam de algum tempo para decodificação do arquivo, o que demanda algum poder de processamento maior.

  • Prós: Tamanho de arquivos menores, sem perda de dados, frequência de áudio completa.
  • Contras: Less playback support on devices or editors

Compressão com perdas

Arquivos de áudio comprimidos com perda de dados são um dos mais comuns, principalmente quando se trata de executar música em devices, por exemplo. Os maiores exemplos que podem ser citados são os arquivos .MP3 e .AAC. Isso porque esse tipo de arquivo é um dos que encontra maior suporte em termos de execução do conteúdo em qualquer tocador e por terem os arquivos com menor tamanho — o que garante mais trilhas em um menor espaço.

Em alguns casos, arquivos comprimidos com perda de dados podem ocupar 1/10 do espaço que o mesmo arquivo ocuparia se estivesse sem compressão — é só comparar .MP3 com .WAV, por exemplo). Esse formato é ideal para streaming online.

Claro que essa compressão tem um custo: a desvantagem desse tipo de arquivo é que ele tem uma frequência de áudio limitada. Outro fator importante é que a manipulação desse tipo de arquivo dificulta um pouco o trabalho da pós-produção, já que não há uma faixa de frequência muito grande para se trabalhar.

Além disso, toda vez que você edita um arquivo comprimido com perdas e o “re-exporta”, você perde cada vez mais qualidade de áudio — o que pode ser bastante ruim para o processo da pós como um todo.

  • Prós: Menor tamanho de arquivo, suporte amplo para execução do conteúdo.
  • Contras: comprimido, tem perda de dados e não ideal para edição.

O melhor formato de áudio para edição de vídeo.

Quando se trata de formatos de áudio para usar durante a edição, você tem que usar o que você tem disponível e esse é um fato. Em um mundo ideal, use formatos sem compressão, como .WAV ou .AIFF, sempre que possível. Esse tipo de formato vai garantir as maiores possibilidades de tratamento do áudio para os fins do projeto sem que haja muitas dificuldades.

Além disso, o áudio do seu vídeo será compactado durante a exportação final do vídeo. Por isso, pode ser bastante útil para que o vídeo continue com uma qualidade boa que ele conte com uma quantidade de dados maior.

Claro que, em alguns casos, os arquivos .MP3 podem ser tudo o que você precisa para montar seu projeto, além de serem fáceis de transferir rapidamente.

Fonte: Premium Beat (The Beat)

Autor(a) do artigo

João Leite
João Leite

Escritor e redator, formado em Rádio e Televisão pelo Complexo FIAM-FAAM, apaixonado por literatura e observador míope do espaço sideral.

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